quinta-feira, 26 de agosto de 2010

26/082010

Abri meus olhos vagarosamente.Minha cabeça estava pesada e parecia rodopiar. Ânsias vinham até a minha garganta e depois voltavam até o estômago.Meu corpo todo doía e eu o sentia dormente. Minhas mãos formigava. Olhei em volta. Estava num lugar todo revirado, parecendo que tinha sido atingido por um furacão. A noite parecia ter ido embora e tudo estava bem iluminado, a não ser o fato de a iluminação ser estranha. Tudo estava meio vermelho-alaranjado, cor de fogo.
"Ele está acordando!" Ouvi uma voz de criança gritar.
Em instantes, percebi pessoas me rodeare.
"Bem Vindo de volta amigo!" Disse um senhor negro, forte, de aparência elegante.
"Que?..."Consegui balbuciar "Onde...onde estou?"
O senhor m,e olhou de uma forma engraçada e disse.
"Você meu caro, foi um dos sobreviventes."
"Sobrevivente de quê?"
Ele respirou fundo e disse:
"Ontem por volta das dez e pouca da noite houve um blackout, um apagão. Todos acharam que era uma coisa normal. A luz voltou e algum tempinho depois um novo apagão.Deste segundo apagão, várias pessoas começaram a agir estranho, feito loucas, feito animais. A pele pareceu apodrecer em questão de segundos, começaram a exalar um cheiro estranhos. Os dentes afiaram e tudo parece ter...sei lá, Só o que sei é isso que te contei. Isso aconteceu com milhares da cidade."
"Mas o que foi?" Perguntei intrigado.
"Vírus?Bactéria?Ataque nuclear? E eu que vou saber. E não foi só aqui. Tá se espalhando. Parece que começou no perú. Um louco diz na net que tem um lugar que não se contaminará. Uma cidade chamada Hollytown. Traução do inglês de cidade santa. Pode?Mas, nós vamos atrás, nosso grupo de sobreviventes."
Minha cabeça rodopiava feito um peão. Aquilo só podia ser uma puta pegadinha.Mas todos pareciam ter as feições muito sérias. Homens, mulheres, idosos e crianças. Ví que falavam sério.
"Sao Vampiros?" Perguntei.
"Não!" Balançou a cabeça "Ou melhor, segundo as lendas, vampiros não suportam o sol. Esses malditos estão aí na rua com esse sol que nem é sol. Uma bola que da uma luz cor de fogo, quase escura."
"Qual seu nome?" Perguntei.
"Sou Julio, e você?"
"Jack!"
Ele sorriu: "Nome americano?"
"Bem, meus pais eram fãs de Jack Nicholson."
Julio voltou-se para os outros e começou a ajudar alguns deles, me dando um tempo para pensar. Passei horas alí sentado, refletindo sobre tudo.Aos poucos, a movimentação pareceu aumentar e todos parecam arrumar as coisas para sair daquele lugar.
"Jack você vem? Vou liderar o grupo na fuga!"
"Vão para onde?"
"HollyTown!"
Não queria sair dalí. Queria entender.
"Talvez lá, encontremos respostas. Mas vale a pena tentar que morrer sem saber." Disse Julio parecendo ler meus pensamentos.
"Mas como passaremos por eles, se eles nao dormem?"
"Veremos. Temos de ir.Você vem?"
Pensei um pouco. Morreria alí?Pensei em minha esposa, em minha casa, em minha vida, no mundo que deixara. Iria procurar resposta ou me renderia ao desânimo e a morte? Que dia era hoje? Estava perdendo a noção do tempo. Meu cérebro parecia não funcionar direito.Tomei minha decisão.
Um ruído de vidro se estilhaçando.Grunhidos ensandecidos.
"17:00hs. Hora de ir!" Berrou Julio

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